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Maratona do Rio 2021

Atualizado: 2 de dez. de 2021

Foi intenso e eu vivi tudo isso em apenas dois dias!


Quanta força ganhou a Maratona do Rio. Pelo menos, eu saio dessa cidade que encanta pela beleza natural com esse pensamento. Correr essa prova é vivenciar por algumas horas uma poesia!



E a edição de 2021 foi especial já que todos nós, corredores, estávamos carentes das celebrações. Foi uma grande festa e com bons motivos para agradecer a vida!


Essa foi a minha terceira participação na Meia do Rio. Que saudade que eu estava de correr na orla carioca, percurso onde treinei inúmeras vezes durante os oito anos em que morei na cidade maravilhosa. Obrigada @olympikus pelo convite!


Por dois dias fiquei concentrada com umas 30 pessoas que a Olympikus e a agência Milk reuniram. Todos estavam ali, no feriado de 15 de Novembro, com o mesmo objetivo, se desafiar. Uma baita energia! Quantas histórias e descobertas!



Cheguei ao Rio um dia antes da minha prova. Fiquei hospedada no hotel Prodigy, localizado no aeroporto Santos Dumont, o que facilita bem a logística na chegada e partida. No check-in do hotel fui apresentada à minha companheira de quarto, Najara Louzada, natural de São José do Rio Preto. Subimos para o nosso quarto e quando entramos tinha em nossas camas um mimo de boas vindas da Olympikus. A Najara ficou super empolgada, gritou e quis repetir a entrada no quarto para gravar tudo. Ligou para a família para contar e não parava de agradecer. Num primeiro momento, eu pensei que pudesse ser um exagero, mas depois de alguns minutos e algumas conversas fui entendendo toda a felicidade dela: era pura realização! E agora eu falo com toda admiração que criei por ela nesse fim de semana: "está mais do que certa de vivenciar toda essa experiência com plenitude."



A Najara tem uma história de batalha. Passou por grandes dificuldades financeiras a ponto de não ter dinheiro para o mercado. E entre tantos obstáculos, o início na corrida.

A primeira prova foi a São Silvestre, em 2009, mas como ela mesma diz mal sabia o que estava fazendo lá. O resultado tecnicamente falando foi melhor do que ela imaginava e emocionalmente surtiu efeito e entendeu que seria um caminho sem volta: "Quando eu terminei a prova no meio de 35 mil pessoas soube que era aquilo que eu queria." Em janeiro de 2010 começou a treinar para performance, sem saber ao certo o quanto essa escolha iria demandar. O início foi difícil, sem muita condição financeira a opção era usar o shorts do marido, mas a paixão pelo esporte fez com que ela tapasse os ouvidos para muitos que a questionavam o que a corrida lhe daria em troca. Hoje, depois de muita insistência e alguns pódios, a professora de Educação Física abriu uma assessoria. Atualmente são 20 alunos. E, com toda razão, tem orgulho desse caminho.


A Najara é velocista, gosta das provas curtas e na Maratona do Rio 2021 foi pódio nos 5km. Correu num ritmo de 3'53" por quilômetro e fechou a distância em 19'13". Pegou quarto lugar! E aos 35 anos só ficou atrás de atletas de 15, 17 e 20 anos. Depois da prova, eu gravei um vídeo com ela sobre essa disputa e bem humorada soltou: "É…. a tiazona do pódio ainda tem gás para queimar." Parabéns mais uma vez, Najara. Seu foco e persistência se destacam.




No mesmo dia em que cheguei ao Rio fui buscar o kit dos 21km. A Expo foi montada na Marina da Glória, local onde seriam as chegadas de todas as distâncias da Maratona do Rio. Ali já tive um gostinho do que seria o evento nos próximos dias. Sem fila, demorei uns 5 minutos para retirar o kit e gastei mais um tempo visitando a feira e vendo as ativações de algumas marcas envolvidas.


A noite pré prova seguiu o famoso script: jantar rico em carboidrato e cama. Um espaço do hotel foi reservado para todos os convidados da Olympikus e alguns cabeças, como Márcio Callage, o CMO da Vulcabras, estavam presentes. Boa oportunidade para conhecer todo time da Olympikus.


De olho no relógio, subi para dormir cedo, às 21h30. Minha roupa, tênis e equipamento já estavam separados, mas custei a pegar no sono. Normal!




No dia seguinte partimos às 3h45 para o Posto 12, no Leblon, local da largada programada em ondas. A minha estava prevista para às 5h30. O sol estava nascendo do mar, um espetáculo!


Combinei de encontrar uns amigos da ML Mix Run, minha assessoria de corrida e largarmos juntos. Foi uma manhã bem especial. Estava com saudade de correr na orla, percurso que fiz inúmeras vezes na minha época de Rio. Me mudei para São Paulo no início de 2021 e até então só tinha voltado à cidade carioca uma vez.


A primeira metade da minha prova saiu exatamente como eu planejei. Corri no ritmo que eu queria entregar os 21km, 5 minutos por quilômetro. Só que infelizmente esse plano não seguiu na segunda metade. Tive um piriri e precisei parar duas vezes. Perdi minutos valiosos para alcançar a minha meta. Obviamente cruzei a linha de chegada frustrada, com perna para gastar e coração apertado. Ainda assim fechei em 1h56'.




A resenha pós prova com os amigos foi ligeira, mas muito astral. Esse clima é muito bom.


E essa correria pós prova teve um bom motivo. Eu participei de um papo comandado pelo treinador Ademir Paulino. E no dia seguinte, foi a minha vez. Conversei com corredores que finalizaram os 5, os 10 e os 42km nesse final de semana, no Rio. Como eu gosto disso! Cada uma durou trinta, quarenta minutos e acredito ter resgatado um pouco da emoção de cada um. Teve risada, comemoração, aprendizado e emoção. E aproveito para agradecer todos que compartilharam boas histórias e crenças comigo. Gravamos os três "Papo de Corredor" num estúdio montado exatamente para isso, com a galera da Na Buena Onda, responsável pelo conteúdo. Em breve será publicado!



Foi verdadeiro e inesquecível!


Volto para casa feliz por tantas entregas e com boas novas amizades que mais uma vez a corrida me proporcionou. Confira a energia da prova no vídeo abaixo!



Valeu demais :)


Créditos das fotos: Na Buena Onda



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